Há hoje uma profusão de metodologias novas de autoconhecimento. E é muito comum nestas situações as pessoas ficarem confusas quanto ao seu uso e, por serem novas e desconhecidas do grande público, muitas vezes até são alvos de críticas.
Efetivamente algumas tem pontos de intersecção entre elas, mas todas tem objetivos e diferenciais bem definidos. E todas estas abordagens visam auxiliar o ser humano a ter maior qualidade de vida e/ou gerar mais resultados. Abaixo discorro sobre algumas delas.
Os consultores são profissionais que são especialistas em uma área e são pagos para resolverem um problema específico. Contratados para darem respostas. Agem na empresa e em seus processos e não na pessoa do empreendedor. São comprometidos com a performance organizacional.
O consultor pode também dar treinamentos com o objetivo de sua informação chegar a equipe inteira de forma uniforme. Entretanto, se der treinamento com objetivos de desenvolver individualmente, já identifico este profissional como facilitador de grupos.
O facilitador é o profissional especializado na condução de grupos de pessoas visando o seu desenvolvimento pessoal. A diferença do instrutor está na forma de condução e nos objetivos do curso. O Instrutor instrui algo, o facilitador facilita o aprendizado com objetivo de se conseguir habilidades ou autoconhecimento através de vivências, jogos e dinâmicas.
Talvez hoje a maior confusão se dê entre coaching e terapia. O coach é um profissional que vai, individualmente, através de perguntas e técnicas, tirar do cliente respostas que irá conduzi-lo a um futuro desejado. Um bom coach é aquele que não interfere, não opina nas decisões do cliente. Apenas conduz. Nesta abordagem, entende-se que o cliente é o especialista dele e cabe ao coach auxiliá-lo a descobrir suas respostas.
A terapia busca alívio e cura de sintomas psicológicos que podem ser diagnosticados como doenças. Na terapia o cliente busca a saúde mental enquanto no coaching ele busca o crescimento mental. Coaching não corrige e sim gera alternativas. O coaching, o ajuda a estabelecer o que quer no futuro e o que fazer no presente para atingir.
Ainda dentro das novas metodologias cito o Mentoring ou Mentoria. Diferentemente do coaching, na mentoria o mentor pode e deve dar opiniões, sugestões e possibilidades de caminhos.
Se pensarmos bem, Mentoria não é algo novo. A própria estrutura familiar já é formada para o mais velho ser o mentor dos mais novos. Em culturas orientais, como a japonesa, por exemplo, os mais velhos são muito respeitados pela sabedoria adquirida ao longo da vida e é função deles transmitir aos mais novos.
O Mentor é aquele que tem a experiência, já passou pelas situações ao qual o mentorado está ou irá passar. Desta forma, contribui muito para a velocidade do seu desenvolvimento e consequentemente dos resultados.
No mundo corporativo, “Mentoring” é um processo de ajuda em que uma pessoa mais experiente na organização “adota” o executivo para orientá-lo na escalada da sua carreira. As empresas que utilizam esta metodologia com sua equipe têm resultados fantásticos. Entretanto, dificilmente se vê empresários tendo mentores. Atribuo este fato a 2 motivos:
1. Uma é a resistência cultural. Ou seja, pode ser que o empresário sinta-se vulnerável ou menos capaz se necessitar de ajuda. Se você é empresário já deve ter-se sentido muito sozinho. Solitário em suas decisões e um mentor pode ajudá-lo muito.
2. Acredito que seja justamente a falta de profissionais com experiência e expertise em lidar com empresários.
Enfim, enquanto todas estas práticas que citei acima são comuns no meio empresarial, infelizmente no mundo empreendedor, principalmente do pequeno empreendedor, ainda são raras.
Qual das formas acima gerará um impacto mais positivo nos teus resultados?
Não importa qual, o importante é que aja, comece já e se transforme.
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Grande abraço
Paulo Sanchez